Cadeias Produtivas da Sociobiodiversidade

O Iepé apoia as cadeias produtivas da sociobiodiversidade nos territórios em que atua. Isso inclui parcerias de geração de renda, produção, gestão, valorização e comercialização de produtos. O objetivo é capacitar e apoiar as organizações das comunidades tradicionais para o escoamento e comercialização de seus produtos no mercado.

No âmbito das políticas públicas voltadas à comercialização de produtos da sociobiodiversidade no Amapá, impulsionamos a consolidação da Câmara de Comercialização dos Produtos da Sociobiodiversidade e Agroecologia do Amapá (Camap). O grupo reúne atores-chaves com o objetivo de implementar o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), segundo o qual, instituições de ensino devem adquirir parte de seus alimentos diretamente de pequenos produtores locais.

OUTRAS INICIATIVAS

Feira de Produtos Indígenas do Oiapoque e Açaí Uasei

O fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis nas Terras Indígenas do Oiapoque envolve ações para a estruturação da cadeia de valor do açaí, farinha de mandioca e seus derivados. Também apoia a valorização da produção dos artefatos e artes indígenas. 

Nos últimos anos o Iepé apoiou ações estratégias de comercialização dos produtos fruto do manejo tradicional indígena na Feira De Produtos Indígenas, que ocorre mensalmente no município do Oiapoque. Durante a fase mais aguda da pandemia da Covid-19, os produtos foram vendidos em cestas por entrega em domicílio. Atualmente, a cada edição, cerca de 1 tonelada de produtos da agricultura familiar indígena são comercializados.

Já o açaí produzido pelos povos indígenas do Oiapoque, que era conhecido pela sua boa qualidade e ganhou uma marca própria em 2021.

Uma batedeira instalada no Centro de Formação dos Povos Indígenas do Oiapoque, na Terra Indígena Uaçá deu o pontapé inicial para o Uasei: O Açaí dos Povos Indígenas do Oiapoque.

Marinelson mostra o açaí Uasei, lançado em 2021 pelos povos indígenas do Oiapoque | Foto: Iepé

Biocosméticos da Associação das Mulheres Sementes do Araguari

Famílias ribeirinhas no Amapá estão vendo suas vidas se transformarem por meio da Associação das Mulheres Extrativistas Sementes do Araguari. Juntas, elas produzem cosméticos artesanais que respeitam e dependem da floresta em pé. A fonte das matérias-primas são árvores da Floresta Estadual do Amapá e da Floresta Nacional do Amapá, como andiroba, copaíba, breu branco e fava. São espécies conhecidas há gerações por suas propriedades medicinais, pelos benefícios à saúde, pelo cheiro, ou tudo isso ao mesmo tempo.

Membros da Associação das Mulheres Sementes do Araguari | Foto: Maria Silveira/Iepé

Manejo da Apicultura e Meliponicultura

O Plano de Gestão Ambiental e Territorial das Terras Indígenas do Parque do Tumucumaque e Rio Paru d’Este  ressalta a importância da ecologia local e do diálogo com a agroecologia e manejo dos recursos naturais. A apicultura e meliponicultura dão duas das atividades de manejo tradicional desenvolvidas hoje como parte desse esforço. O resultado é a obtenção do mel, importante alimento para os povos indígenas, e também a sua comercialização, que gera renda para os jovens e suas famílias. 

Produção de mel pelos povos do Tumucumaque | Foto: Nacip Mahmud/Iepé

OUTROS PROGRAMAS