“Nós indígenas do Oiapoque usamos o fogo para várias atividades como, por exemplo, a queima das roças. Também queimamos áreas de campo para facilitar o acesso às roças, caçar, pescar e realizar o manejo do tracajá. Essas são práticas que ocorrem todos os anos. Mas muitas vezes perdemos o controle sobre o fogo. Quando isso acontece o fogo fica queimando por muitos dias e causa um impacto muito grande na fauna e flora, bem como nos recursos naturais, rios, lagos, igarapés, campos e savanas”.
Essa cartilha é o resultado de um trabalho realizado pelos Agentes Ambientais Indígenas do Oiapoque (AGAMIN) e pela Associação de Mulheres Indígenas e Mutirão (AMIM) com a parceria do Instituto Iepé e o Parque Nacional do Cabo Orange do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Na cartilha são apresentados textos e desenhos falando sobre os usos do fogo pelos povos indígenas do Oiapoque, mas sobretudo os perigos e problemas que o fogo pode trazer para essas comunidades quando ele se alastra e sai do controle. O objetivo é que a cartilha seja utilizada, pelos professores indígenas, como material didático nas escolas indígenas das TIs do Oiapoque, informando e formando crianças e jovens sobre o fogo e seus usos e perigos.