Composto por nove áreas protegidas, o Mosaico da Amazônia Oriental tem a sua marca registrada na riqueza sociocultural, que tem garantido a conservação de parte do patrimônio ambiental na região do Planalto das Guianas.
O Mosaico Amazônia Oriental abrange parte do Planalto das Guianas, entre o oeste do Amapá e norte do Pará. Possui mais de 12,3 milhões de hectares e é formado por três Terras Indígenas (TI) e seis Unidades de Conservação (UC). São elas:
Terra Indígena Wajãpi, Terra Indígena Parque do Tumucumaque, Terra Indígena Rio Paru D’Este, Parque Natural Municipal do Cancão, Reserva Extrativista Beija-Flor Brilho de Fogo, Floresta Estadual do Amapá, Floresta Nacional do Amapá, Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru e Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque.
No papel e nos mapas, as TI e UC que compõem o mosaico são diferentes entre si e estão separadas umas das outras por cores e linhas. Mas esses limites são imaginários: o conjunto de áreas protegidas são partes de um único território.
Reconhecido em 2013 pelo Ministério do Meio Ambiente, é um canal de informação e diálogo entre todos os que vivem dentro e no entorno dessas áreas protegidas: agricultores familiares da Perimetral Norte, gestores das UC, povos Wajãpi, Tiriyó, Katxuyana, Wayana, Aparai e Txikuyana, extrativistas, organizações da sociedade civil (como o Iepé) e órgãos de governo municipais, estadual e federal.
Além de ser uma forma de colocar em prática o direito e dever de todos na proteção do meio ambiente, os conhecimentos desses povos e seus jeitos de viver garantem que a floresta esteja sempre em pé. Por outro lado, as florestas protegidas na forma de UC são aliadas na conservação dos TI e seus povos.
O Mosaico da Amazônia Oriental é gerido por um Conselho Consultivo, composto por cinco extrativistas da RDS do Rio Iratapuru, cinco agricultores assentados da Flota (AP), cinco representantes dos povos Wayana, Aparai, Katxuyana, Tiriyó e Wajãpi e seis gestores das UC do Mosaico. E conta ainda com um representante dos seguintes órgãos e instituições: Prefeitura Municipal de Laranjal do Jari, Secretaria de Meio Ambiente do Amapá, Ibama, ICMBio, Instituto Estadual de Florestas do Amapá (IEF-AP), Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento do Estado do Amapá (IMAP-AP), Funai, Incra, Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) e Iepé.
As reuniões do Conselho têm caráter informativo, consultivo e de diálogo, buscando soluções para questões das Áreas Protegidas que compõem o Mosaico. A gestão integrada também ocorre através de planejamentos participativos, oficinas e intercâmbios com as diversas comunidades das áreas protegidas que o compõem. Desde 2013, o Mosaico também tem apoiado jovens lideranças por meio de oficinas e fóruns da juventude, estimulando sua participação em conselhos e outros eventos no Amapá e em outros estados.