Iepé publica suas contribuições para o Marco Global da Biodiversidade pós-2020

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Por meio da Aliança Noramazônica, Iepé lançou um pronunciamento pedindo mais ambição nas metas do novo Marco Global para a Biodiversidade Pós-2020

Texto: Thaís Herrero | 11 de agosto de 2021

A perda da biodiversidade é um dos grandes desafios da humanidade na próxima década. Entender a importância das relações entre os sistemas naturais com a nossa sobrevivência é decisivo. E é fundamental cuidar do ecossistema e da conectividade sociocultural de uma região como a Amazônia.

É por isso que o Iepé – Instituto de Pesquisa e Formação Indígena faz parte da Aliança Noramazônica junto a outras sete organizações da sociedade civil de países que atuam na região norte da bacia amazônica. Neste ano, estamos acompanhando as discussões sobre o Marco Global da Biodiversidade Pós-2020 e queremos levar demandas e metas mais ambiciosas aos negociadores. Afinal, cuidar da biodiversidade é urgente e uma das missões mais importantes para contermos a crise climática.

Um de nossos objetivos é salvaguardar o ecossistema e a conectividade sociocultural entre as regiões dos Andes, Amazônia e Atlântico, a maior floresta tropical contínua protegida do planeta. Esse corredor cobre 267 milhões de hectares de floresta ao norte do Rio Amazonas e é quatro vezes maior que a França. E metade desse território está sob alguma forma de conservação e/ou desenvolvimento sustentável.

Em julho deste ano, a Aliança Noramazônica lançou um pronunciamento cobrando mais ambição e destacando a importância dos territórios indígenas e sua contribuição fundamental para a proteção da biodiversidade e das áreas naturais. 

Como Aliança da Noramazônica, defendemos metas ambiciosas de conservação, a fim de garantir a integridade de áreas estratégicas que ainda não foram seriamente afetadas pela perda de biodiversidade ou mudanças climáticas. E recomendamos que os países aprovem a ambição proposta no atual esboço do Marco Global da Biodiversidade: “garantir que todas as áreas terrestres e marinhas estejam sob esquemas de planejamento integrado de uso da terra, mantendo as áreas intactas existentes”.

Para saber mais detalhes de nosso pronunciamento, acesse o documento na página da Aliança Noramazônica.

Conferências virtuais

Para embasar ainda mais esse tema, a Aliança Noramazônica organizou uma série de conferências virtuais. Entre as conversas e exposições estão casos de sucesso de governança de povos indígenas para a proteção das áreas naturais. Entre os participantes estão Decio Yokota, coordenador de Gestão da Informação do Iepé, e Cristiane Julião, líder indígena do povo Pankararu, do Brasil. Acesse a página com os vídeos das quatro conferências

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