Instituto Iepé completa 20 anos de atividade junto aos povos indígenas

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“Iepé” é uma palavra indígena utilizada para designar um amigo ou parceiro de troca. O termo é tradicionalmente utilizado pelos grupos do planalto das Guianas e inspirou o nome do Iepé - Instituto de Pesquisa e Formação Indígena

Em 2022, o Instituto Iepé completa 20 anos de atividades e atuação como parceiro e amigo dos povos indígenas do Amapá, Norte do Pará e divisas com Roraima e Amazonas. A organização não governamental e sem fins lucrativos foi criada com o objetivo de garantir que os direitos dessas populações, enquanto povos diferenciados, sejam respeitados.

Para isso, o Instituto Iepé trabalha em prol do fortalecimento cultural e político, pelo fortalecimento das formas de gestão comunitária e coletiva e pelo desenvolvimento sustentável dos povos indígenas, lutando pelo seu bem-estar e qualidade de vida – tanto no presente quanto no futuro. Outro pilar importante das atividades é resguardar a conservação das florestas onde esses povos vivem e seu entorno. 

O Instituto Iepé está presente em 10 Terras Indígenas, que cobrem 13 milhões de hectares da Amazônia. Nelas vivem 13 mil pessoas espalhadas em mais de 300 aldeias. Entre esses povos parceiros estão os Galibi Kali’na, Galibi Marworno, Karipuna, Palikur, Wajãpi, Zo’é, e os povos que falam línguas da família linguística Karib, Tupi e Aruak, conhecidos como Aparai, Wayana, Tiriyó, Katxuyana, Kahyana, Tunayana, Waiwai, Hixkaryana. 

Com mais de 60 colaboradores, o instituto tem escritórios em Macapá, Oiapoque (AP), Santarém (PA) e São Paulo, além de colaboradores em cidades-chave para o trabalho, como Boa Vista (RR) e Oriximiná (PA).

Nos últimos anos, o Instituto Iepé apoiou a elaboração e a implementação de Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) e de Protocolos de Consulta e Consentimento Prévios, documentos cruciais para a garantia dos direitos dos povos indígenas. 

“O instituto Iepé foi fundado para ser um parceiro dos povos indígenas e estamos orgulhosos porque há duas décadas nossa história se cruza com a história e as conquistas dos povos do Amapá, norte do Pará e divisas com Amazonas e Roraima”, diz Luis Donisete Grupioni, coordenador executivo do Iepé. 

E, com duas décadas de experiência, o instituto hoje luta também pela defesa dos direitos dos povos indígenas frente ao avanço do desmatamento, do garimpo e das invasões em Terras Indígenas, que são territórios protegidos pela Constituição Federal.

Este contexto de ameaças e desafios, inclusive, justifica a importância e a existência do Instituto Iepé. Afinal, organizações não governamentais têm um papel fundamental numa sociedade democrática, com seus projetos inovadores que impactam políticas públicas e promovem a participação social e o exercício da cidadania.

> Acesse a Infoteca do Instituto Iepé para conhecer nossas publicações
> Leia sobre nossos encontros Jornadas Indigenistas, em comemoração aos 20 anos do Iepé

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