Texto: Iepé
Ao longo dessa semana aconteceu a 53ª Assembleia da Organização dos Estados Americanos (OEA) com o tema “Fortalecimento de uma cultura de responsabilidade democrática, com promoção, proteção e igualdade dos direitos humanos nas Américas”.
O Instituto Iepé esteve presente, por meio de seu coordenador-executivo, Luis Donisete Benzi Grupioni, junto a Maurício Ye’kuana, representante da Hutukara Associação Yanomami. Ambos, também em representação da Rede de Cooperação Amazônica (RCA), viajaram a Washington DC, nos Estados Unidos, a convite do Instituto Internacional Raça, Igualdade e Direitos Humanos.
Durante a assembleia da OEA, eles participaram do diálogo dos chefes de delegação e do Secretário-Geral com representantes da sociedade civil, dos trabalhadores, da juventude e outros atores sociais.
Fórum Interamericano contra a Discriminação
Como parte dos eventos paralelos à Assembleia, Luis e Maurício participaram do Fórum Interamericano contra a Discriminação, evento anual que o Instituto Raça e Igualdade promove desde 2014, reunindo representantes dos governos dos Estados Unidos e do Brasil, assim como especialistas, lideranças indígenas, afrodescendentes e representantes da comunidade LGBTQIA+.
Neste ano, o Fórum discutiu os esforços internacionais para combater a discriminação e as experiências regionais de inclusão, como forma de fortalecer vozes diversas no continente.
Ainda em Washington, os representantes do Iepé e da Hutukara junto aos representantes indígenas da Guatemala, Nicarágua e México realizaram uma reunião com representantes do Departamento do Estado Americano, relatando a situação dos povos indígenas na região e fazendo recomendações para promoção dos direitos humanos em seus países.
“Foi uma oportunidade interessante para conhecer melhor as oportunidades de incidência no sistema interamericano, bem como estabelecer novas alianças com organizações da sociedade civil no continente. No ano passado, o Brasil aderiu a Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e as Formas Conexas de Intolerância (CIRDI). É hora de avançarmos na sua implementação”, avaliou Luis Donisete Grupioni.